Cara Delevingne e os padrões impostos pela sociedade

Se tem uma pessoa que passei a admirar muito nesse grande mundo da moda/cinema foi Cara Delevigne. Cara, de apenas 23 anos, já tem uma carreira almejada por muitas meninas que gostariam de seguir esse rumo. Com suas sobrancelhas escuras e espessas como marca registrada, a modelo, cantora, atriz e rosto de várias campanhas mundiais super conceituadas, já foi nomeada pelo Evening Standart como uma das "1000 mais influentes de 2011 de Londres" na categoria "Most Invited" (aos 19 anos, pasmem!), é a nº 05 no ranking das "50 Top Models" no models.com e eleita a modelo do ano pelo British Fashion Awards. Porém, nos últimos dias, a Top anunciou definitivamente o abandono das passarelas por conta do estresse excessivo que estava sofrendo. 

Em entrevista ao jornal "The Times", de Londres, Cara explicou que ser modelo a fez se sentir "velha" e que todo o seu trabalho na área não a fez "crescer como ser humano". Essa declaração me inspirou a fazer esse post e alertar vocês, meninas ou meninos sobre os padrões impostos pela sociedade e o valor que a fama tem. 

O que é correto pra você se enquadra nos padrões impostos pela sociedade? Se não, você se descrimina ou se menospreza por causa disso? Se sim, pare agora! Não siga modismos que não se enquadrem com o que te faz feliz. Seu corpo e seu estilo dizem respeito a você e somente a você. 

Cara veio de família rica, da alta aristocracia inglesa, começou sua carreira aos 10 anos por amor àquilo, o que no futuro, acabou desenvolvendo doenças devido ao estresse, ao assédio sexual que sofria e a grande pressão natural desse meio. Mesmo com toda sua "perfeição", a Top se sentia feia e fora dos padrões. E se Cara se sentia assim, imagina eu, com meus 1,63 de altura e 57 kg?! 

Não sou a pessoa mais satisfeita do universo com meu corpo, mas minhas insatisfações se dão por motivos de saúde, não por causa dos padrões. Afinal, ser feliz com você mesma não significa que você não queira mudar uma coisa aqui, outra acolá. O mundo mudou. A industria da moda se atualizou e você não é obrigada a aceitar esses padrões anoréxicos. A moda deveria ser sinônimo de empoderamento do poder fashionista que possuímos dentro de nós, não algo que nos impõe medos e infelicidades.  

E foi isso que me deixou de queixo caído com a Cara, ela não teve medo da repercussão, simplesmente viu que aquilo não fazia bem pra ela e decidiu abandonar toda aquela padronização. Colocou seus valores e saúde em primeiro lugar e foi fazer o que ama de verdade. O que todos deveríamos fazer também. Já que não te faz mais bem, desapegue-se. E não digo isso só em relação a moda, ou trabalho. Digo em relação a amizades e relacionamentos também.  

Liberte-se! Seja você mesmo e busque a felicidade dentro dos seus padrões, riscos e limites. Seu corpo e sua mente serão suas maiores armas contra essa sociedade padronizada e fresca. 

Cara, você acaba de ganhar mais uma fã! :)

Beijos.